segunda-feira, 18 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
E o coração... como é que fica?
Logo mais teremos mais uma
decisão de turno de Campeonato Paraense. Porém, não é uma decisão qualquer, é
uma decisão com um Clássico com “C” maiúsculo, é uma decisão com o Clássico
mais jogado, mais disputado do mundo... tanto que possui o nome Clássico Rei,
Clássico Rei da Amazônia.
Teremos no domingo próximo, 3, o
Re x Pa mais esperado dos últimos anos, pois em 2005 tivemos a última final
sendo disputada entre Senhores de Baena e Curuzú. Com todo o respeito, à chamada
Força do Interior que já mostrou que
veio pra ficar, que veio para fazer frente e buscar um lugar entre os grandes
da capital. Devo expor minha humilde opinião de que uma final entre Remo e
Paysandu é sempre mais dramática, mais aguerrida, mais envolvente. Uma final
entre o Alvi-Celeste do dia e o Azul-Marinho da noite deixa no ar dessa Cidade
Morena algo totalmente envolvente. Chega a ter pitadas de um Círio de Nossa
Senhora de Nazaré.
Vale ressaltar que são apenas “pitadas”,
pois temos comoção, temos fé, esperança e uma movimentação que não se restringe
apenas a Cidade das Mangueiras, pois em dia de Re x Pa mesmos nos lugares mais longínquos
pulsa um coração paraense a cada jogada, a cada ataque, a cada gol ou bola
perdida.
O primeiro jogo da final teve
sabores totalmente diferentes para ambas as equipes. Para os jogadores de
Antônio Baena, o sabor foi de vitória, foi de resposta. Já para jogadores do Leônidas
de Castro o sabor foi de simples frustração. Frustração por ter peças mais
polidas nessa tabuleiro de xadrez. Mas, nem sempre ter as pedras mais polidas é
certeza de vitória. E, por esse motivo é que o resultado frustrante é favorável
ao Paysandu.
A diferença do sabor ao final da
última partida é também a diferença entre os sentimentos existentes em cada
torcida. Os azulinos falam da invencibilidade, falam que tem mais times, mas no
fundo precisam desse turno, pois há quanto anos o remo passa em branco em
títulos estaduais? Ora estão no limbo da Série D ora não possuem divisão para
jogar. Sendo assim, esse campeonato significa muito mais do que eles mesmo
dizem valer.
Já no lado Bicolor, a Fiel torcida Alvi-Celeste precisa transparecer a certeza que já possuem. A certeza que chegou novamente a
hora de crescer, que chegou a hora de deixar de usar o Campeonato Paraense como
laboratório para o Campeonato Nacional e voltar a se estabelecer entre os
grandes do País do Futebol. O Paysandu Sport Club, está, definitivamente, formando a cara de um time que com
certas contratações tem grandes possibilidades de realizar um grande Campeonato
Brasileiro na Série B.
Quanto às contratações
necessárias para deixar o Papão da Curuzú mais guerreiro apostaria no retorno
Fábia Sanches, pois o Xerife faz falta na defesa Bicolor. Furaria o olho do
time do outro lado da Almirante Barroso e contrataria Val Barreto para dividir
o ataque do Papão ora com João Neto ora com Yarlei. Também traria Galhardo para
dar mais vazão às articulações Alvi-Celestes ao lado de Eduardo Ramos. Para
completar essa furada de olho, acredito que Bergue seria uma boa sobra para
Rodrigo Alvim, assim como uma boa substituição para aqueles jogos que precisam
de uma marcação mais forte. Falando em sombra, já está mais do que na hora de
Yago Pikachu ter a sua, pois hoje os laterais bicolores jogam soltos.
Voltando ao Re x Pa, a certeza é
uma só: Teremos o Estádio Olímpico do Pará, Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão, totalmente lotado, com duas torcidas que não ficam atrás de
nenhuma outra, pois não somos apenas apaixonados por futebol, pois ser
apaixonado é pouco. A verdade é apenas uma, o paraense, simplesmente respira futebol.
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