A primeira de duas partidas pela busca da Taça Cidade de
Belém, que decide o primeiro turno do Campeonato Paraense, teve como
protagonistas aqueles que compõem o chamado Clássico Rei da Amazônia. O RexPA,
deste 24.02.2013, em minha opinião, foi diferente dos últimos, pois tínhamos um
clima envolto e não era possível saber o que viria a ocorrer... uma grande partida? Uma partida
equilibrada? Tumulto? Outro torcedor assassinado? Não sabia o que esperar... minto. Esperava uma partida com vários gols do Paysandu. Esperava uma partida na qual
o Paysandu faria o primeiro gol (e fez) e tudo ficaria fácil. E até ficou, para ambos, só que em momentos alternados da partida.
Pelo clube remista, Galhardo
voltava à equipe titular e, com o inicio da partida o
mesmo driblou, lançou, se movimentou e procurou conduzir seu time por sobre um
Paysandu nervoso, tremulo. O primeiro tempo do Clássico mais jogado do mundo
teve a pressão de um time e de uma torcida sobre uma defesa desconexa,
atarantada. Já, pelo lado bicolor, existia Eduardo Ramos que chamava a partida si e não se escondia em campo. Tentava trazer a equipe bicolor de onde estava para dentro do Mangueirão, para dentro do Clássico. Vanderson, do seu jeito, também
tentava, tanto que foi possível ver claramente o puxão de orelha que o mesmo dava em sua
zaga. Que saudade do Sanches!
Porém, em jogos assim surgem
grande heróis, mas não foi o que aconteceu. Claro que o goleiro alvi-celeste
fez sua melhor partida. Partida na qual o arqueiro Zé Carlos realizou defesas
fundamentais. Contudo, foram ossos do seu oficio. Nada mais.
O futebol é, notoriamente feito
por jargões, e um deles é: quem não faz leva. E o remo levou. João Neto estufou
as redes azulinas para a alegria de uma torcida que optou, assim como a outra,
por não retirar os emblemas dos instrumentos de suas baterias. Fato que
silenciou, um pouco, o Estádio Olímpico do Pará. Não estou dizendo que remo e Paysandu não
protagonizaram uma grande disputa de torcidas entre cantos e coreografias. Mas, não foi a mesma
coisa.
O segundo tempo veio, assim como,
a necessidade do clube azulino de se expor cada vez mais ao ataque e tentar diminuir o placar.
Contudo, o domínio exercido pelo Paysandu ao final dos primeiros 45 minutos
manteve-se ainda mais no segundo ato de espetáculo. Os contra-ataques eram
inevitáveis, tal como os espaços cedidos pelos azulinos, até então bem compactos.
Mas, eis que as mudanças vieram e Galhardo,
que em minha modesta opinião jogou muito bem. E, para aqueles que dizem que ele
se escondeu e nada jogou... devem ter visto um outro jogo qualquer ou simplesmente
esperavam, uma apresentação digna de Paulo Henrique Ganso em
seus dias de glória antes da contusão. Aproveito, o espaço, para dizer que torço para que Ganso volte a voar baixo e ser aquele grande jogador. Voltando ao Clássico Rei, iria dizer que Galhardo foi
substituído por Ramon, que serviu apenas para dar mais espaço aos bicolores.
Falando em espaço, espaço era o que menos o substituto de Rafael oliveira
precisava. Isso mesmo, Iarley foi o nome da partida para muito torcedores.
Favor não confundir como herói.
O carrasco de La Bobonera, não
apenas se movimentava por todo o ataque bicolor, como também, se posicionava
muito bem para receber e distribuir as bolas no ataque. A experiência e
qualidade de Iarley, fizeram inclusive, com que Pikachu tocasse um pouco mais
na bola. Pois, mais uma vez o lateral direito da Curuzú, foi anulado no esquema
tático azul marinho. Porém, as boas jogadas e passes de primeira não foram
suficientes para ampliar o placar em favor da equipe de listras brancas e outras azuis.
E, tal como na primeira etapa do Clássico Rei da Amazônia, tivemos o jargão futebolístico
sendo mais uma vez decisivo: quem não faz leva. E, ao último minuto de partida o Paysandu levou. Tivemos o gol
de empate do clube do remo, marcado por Zé Antônio, já nos acréscimos.
Claro que o RexPA não se resumiu
em apenas nestes jogadores, pois Berg foi muito bem ao defender e anular Yago Pikachu e, também atuou bem em suas
subidas. Diego Bispo segurou da forma que pode a defesa bicolor. Ricardo
Capanema sempre um guerreiro. os atacantes tanto bicolores quanto remistas mantiveram o mesmo
nível, assim como, os demais jogadores.
Ao final do Clássico dos Clássicos, não comi meu espetinho e o
Paysandu não venceu. Mas, acredito que tivemos o RexPA mais bem organizado dos
últimos anos. Com um placar justo, para uns. Porém, a verdade é que o placar não foi nada justo com os torcedores em geral, pois mesmo que falte algo ao Clube do Remo ou que e falte algo ao Paysandu Sport Club. Não poderíamos ter ficado sem uma chuva de gols.
Sabemos que o plantel bicolor é superior. Entretanto, em Clássicos existe
um pensamento futebolístico que nos diz que: Clássico é Clássico e, ninguém
quer perder. Mas, existem outros 90 minutos para
decidir quem irá levar a Taça do Clássico mais disputado do Mundo, o Clássico
Rei da Amazônia... o Re x PA.
Não vamos falar de méritos.
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