terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ora ora... Também temos o nosso OBAMA Brasileiro, ou melhor, nosso OBAMIS BRASILEIRO!!!



Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum (7 abril 1941 - 29 julho 1994) , foi um músico e humorista brasileiro. Como músico foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba e como humorista, do grupo Os Trapalhões.


Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Pertenceu à Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Foi músico e sambista, com amigos fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na TV, nos anos 70, e se apresentaram em diversos países. Antes, nos anos 60, é convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início recusa o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente estréia no programa humorístico Bairro Feliz (Tv Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se de um peixe. Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o vê numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convida para integrar o grupo humorístico, na época na Tv Excelsior. Mais uma vez, recusa; entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) consegue convencê-lo, e Mussum passa a integrar o quarteto (que na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era da etnia Afro-Brasileira (Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também afrobrasileiros e atuarem em vários quadros com o grupo, eram coadjuvantes). Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até um solo dedicado ao samba. Uma de suas paixões era a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de Baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido "Mumu da Mangueira". Segundo depoimento recente de Dedé Santana, Mussum era o único dos Trapalhões que, na frente das telas, não representava um personagem. O tempo todo, Mussum era ele mesmo: alegre, brincalhão, risonho, querido por todos. Também afirmou que Mussum era o único trapalhão que não precisava fazer o menor esforço para ser engraçado.

Mussum, no programa dos Trapalhões, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbritrárias (ex: forévis, cacildis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (gíria para cachaça). Ele também tinha um jeito esculhambado, irreverente e descontraído engraçadíssimo, num momento gritando e bancando o valente, e noutro gemendo e chorando. Sua gargalhada e seu grande sorriso eram suas marcas registradas.
Mussum faleceu em 29 de julho de 1994, não resistindo a umtransplante de coração, e foi sepultado emSão Paulo. Deixou um legado de 27 filmes comOs Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas.
O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, e recentemente foi lembrado em uma série de camisas lançadas no Rio de Janeiro, com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis" e também em uma montagem lançada recentemente na internet com a inscrição "Obamis".
Sendo assim, podemos dizer que ele se foi mas a saudade ficou, ou melhor.... a saudadisssss ficou.

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